Ministro Benedito Gonçalves entende que o ex-presidente da República deve ficar inelegível por oito anos
De acordo com Gonçalves, Bolsonaro cometeu prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Depois do fim da leitura do relator, a sessão foi interrompida pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes. O julgamento sobre a inelegibilidade do ex-presidente da República terá sequência na quinta-feira, 29, a partir das 9 horas — na ocasião, o ministro Raul Araújo vai ler seu voto.
Além de Gonçalves e Araújo, o destino político de Bolsonaro caberá a outros cinco ministros do TSE:
- Alexandre de Moraes;
- Cármen Lúcia;
- Kassio Nunes Marques;
- André Ramos Tavares; e
- Floriano de Azevedo Marques Neto.
A possibilidade de inelegibilidade do ex-presidente da República — e atual presidente de honra do Partido Liberal (PL) — chegou ao TSE a partir de ação por parte do PDT. De acordo com o partido de esquerda, Bolsonaro atentou contra a democracia e espalhou fake news ao se reunir, em Brasília, com embaixadores em julho do ano passado. Na ocasião, o então mandatário do país criticou o sistema eleitoral brasileiro e sinalizou não ter confiança plena nas urnas eletrônicas. O encontro contou com transmissão pela TV Brasil e por plataformas de redes sociais.
O ministro Benedito Gonçalves | Foto: Reprodução/YouTube/TSE |
Na ação, o PDT também pede a inelegibilidade do general Walter Braga Netto (PL), ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e que concorreu como vice-presidente da República na chapa encabeçada por Bolsonaro. Benedito Gonçalves, contudo, votou para absolver Braga Netto.
A sessão do TSE do processo que pode tornar Bolsonaro inelegível
Confira, abaixo, a íntegra da sessão da noite desta terça-feira, 27, da sessão em que o TSE deu sequência ao julgamento que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível. O caso, contudo, não acabou. A saber, seguirá ainda nesta semana — mais precisamente na quinta-feira 29.
Revista Oeste
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